Ginásio Paschoal Thomeo

O ginásio Paschoal Thomeo fica na Rua João Bernardo de Medeiros nº. 508, no bairro Bom Clima.
É o maior ginásio público da cidade e palco para jogos colegiais, municipais, estaduais e nacionais.
Passou recentemente por uma reforma externa e interna onde propiciou aos atletas melhores condições para as competições.
É também freqüentemente utilizado para apresentações de dança, shows e festividades em geral.
Foi local também para a primeira exibição do documentário da banda guarulhense “Mamonas Assassinas”.
O artista plástico Vik Muniz fotografou cerca de 12 mil pessoas no ginásio onde marcou o Dia Mundial de Luta contra a AIDS no Brasil.

Entrevista

Sabe-se que a diferença de idade pode influenciar em muitos aspectos com relação a visão de alguém sobre algo. Quando se é mais jovem há aspectos que são ressaltados e que ganham importância , assim quando há mais maturidade o que antes era notado nem sempre permanece, e as idéias ganham novas características. A visão torna-se ampliada devido a esta carga de experiências conquistada ao longo dos anos. Pensando nisso há a seguir uma entrevista realizada com uma senhora de 78 anos ( Maria da Conceição Silva )e uma garota de 18(Mariana Rosas Grandezzi), as perguntas foram feitas tendo por base a cidade de Guarulhos sendo iguais para ambas, mas pode-se notar a diferença em alguns olhares sobre determinadas perguntas e também a aproximidade em algumas opiniões mesmo com uma diferença de 60 anos de idade entre as entrevistadas.

GF : Nome?

Maria da Conceição Silva.

Mariana Rosas Grandezzi.

GF: Idade?

Maria: 78 anos.

Mariana: 18 anos

GF: Bairro onde mora?

Maria: Jardim Bela Vista.

Mariana: Parque Cecap

GF: O que mais gosta na cidade de Guarulhos?

Maria: Ver o crescimento da cidade e as mudanças que ocorreram.

Mariana: O fato de ter um ótimo Aeroporto Internacional.

GF: O que mais desagrada na cidade?

Maria:A poluição e a falta de ordem no trânsito.

Mariana: Falta de higiene nas ruas e falta de cuidados gerais com a cidade

GF: Qual a sua opinião sobre o incentivo ao lazer, educação e saúde?

Maria: Acredito que não há incentivo suficiente e a gente pode observar isso nos hospitais públicos que não tem médicos suficientes, as escolas não estão nas melhores condições, já para o lazer encontro várias atividades boas para serem feitas.

Mariana: Acho bom, pois ajuda muito os necessitados da cidade (que por acaso, não são poucos)

GF: Para você, a cidade disponibiliza lugares suficientes para crianças e idosos?

Maria: Não, mas acho que há projetos que funcionam. Eu por exemplo participo de um e acho que faz muito bem principalmente nessa idade onde as coisas ficam cada vez mais complicadas.

Mariana: Não. Faltam muitas coisas ainda.

GF: As escolas públicas oferecem atividades que integram alunos, família e comunidade?

Maria: Em algumas escolas, mas não todas. Aliás, a maioria não.

Mariana: Não que eu saiba.

GF: Os moradores estão suficientemente atentos aos políticos e sabem como e onde cobrarem seus direitos?

Maria: Acho que não, se você me perguntar em quem votei nas duas últimas eleições eu não vou lembrar rápido.

Mariana: Não.

GF: Quanto aos deveres, você acredita que as pessoas são conscientes do que devem fazer para a melhoria da cidade?

Maria: Também acho que não, tem muita gente que quer cobrar tudo e não dá o mínimo de exemplo a ser seguido.

Mariana: Não mesmo.

GF: Em relação ao orçamento participativo realizado mensalmente nos bairros, você acredita que as reuniões são capazes de sintetizar todas as necessidades e é colocado em prática todas as idéias?

Maria: Participei de alguns que fizeram no meu bairro e algumas práticas foram adotadas e outras não. Querer que tudo dê certo é um exagero!!!

Mariana: Não, precisa muito mais do que reuniões para resolver isso.

GF: Você é ciente que há na cidade um projeto de coleta seletiva de lixo, reciclagem? No seu bairro isso ocorre?

Maria: Eu sei que existe, mas no meu bairro não funciona. Pelo menos não que eu saiba.

Mariana: Eu estou ciente, e imagino que ocorre a coleta sim, mas não da maneira mais correta possível.

GF: Quantas seções abertas na Câmara Municipal você esteve presente ativamente?

Maria:Nenhuma.

Mariana: Nenhuma.

GF: O transporte público municipal é suficiente para toda a demanda de pessoas na cidade?

Maria: Não. Ao mesmo tempo eu percebo que houve uma melhora e ainda estão trabalhando para isso. No meu bairro mesmo, os ônibus estão sendo trocados por ônibus mais novos e as linhas estão rodando com mais ônibus.

Mariana: Sim, pelo menos no meu bairro não tenho do que reclamar

GF: Há em seu bairro centros de cultura mantidos pela Prefeitura?

Maria: Sim. Aqui há dois centros e há várias apresentações dos jovens... Eu acho bem interessante isso.

Mariana: Sim e acontecem muitas atividades nesses lugares.

GF: O serviço de água e esgoto atende bem as expectativas visto a quantidade de impostos pagos?

Maria:Eu não tenho do que reclamar... Em meu bairro esse serviço é bem fornecido.

Mariana: Não, tenho grandes problemas quanto a isso próximo ao meu bairro.

GF: É possível fazer programas culturais na cidade com pouco dinheiro?

Maria:Sim, temos parques, teatros... É só saber escolher.

Mariana: Até dá, mas eu não acho muito interessante

GF: Para você, o desenvolvimento comercial de Guarulhos com as empresas e fábricas é de forma igualitária em toda cidade?

Maria: Acredito que não, mas isso não é só um problema na cidade... O país está estruturado assim: um com muitos e outros com poucos.

Mariana: Não. Em lugar nenhum ocorre uma divisão tão “certinha”.

GF: Aponte quais são as maiores necessidades da cidade em sua opinião e como podem ser resolvidas.

Maria: Acho que a cidade deve investir mais nos jovens e dar mais instruções e incentivos, porque são eles o nosso futuro. Acho que pra isso é necessário escolas, cursos esse tipo de auxílio.

Mariana: A necessidade principal é de um prefeito que observe melhor os defeitos da cidade e que resolva um problema de cada vez, o que não costuma ocorrer.

A cidade precisa de obras quanto ao asfalto, o centro e restauração de diversos bairros.

Há muitos bairros que surgiram por invasão de propriedade, e já que eles estão definitivamente instalados, pelo menos deveriam regularizar as condições de moradia por lá.